terça-feira, 6 de outubro de 2015

A vida de São José: Sobre a morte do Glorioso São José

 morte de sao jose
Quando? Onde? Como morreu S. José?
São perguntas inevitáveis de nossa curiosidade de servos e devotos fervorosos do santo Patriarca.
Os estudos hoje bem aprofundados de teólogos e historiadores já nos dão algumas luzes sobre aquilo de que não se encontra uma só palavra nos Evangelhos e nos Livros Sagrados.
Realmente nada se encontra na Escritura e na Tradição e em nenhum dos escritos dos Doutores que nos fale da morte de S. José e das circunstâncias que a acompanharam.
Havemos de recorrer a prováveis conjecturas e recolher as opiniões mais conformes à Escritura e à razão.
Este é o método de todos os teólogos e autores Josefinos, entre eles o célebre Isidoro de Isolano.
QUANDO MORREU?
Os Autores não estão de acordo. Santo Epifânio diz ter sido mais ou menos depois que Jesus completou os doze anos. E a razão que dá é a do silêncio do Evangelho sobre S. José depois do Encontro de Jesus no Templo.
Outros dizem ter morrido durante a vida pública de Jesus, e o provam com as palavras de S. Mateus: “Não é ele o filho do carpinteiro?”
Uma terceira opinião, atribuída a S. João Crisóstomo, é a que S. José vivia no tempo da Paixão de Cristo e esteve aos pés da cruz.
A opinião, finalmente, mais aceita, provável e racional, admitida pela maioria dos autores, como S. Jerônimo, S. Bernardino de Sena, S. Boaventura, Gerson, Suarez e outros, é que o Santo Esposo de Maria morreu depois do Batismo de Jesus e antes das Bodas de Caná; nos primeiros dias da vida pública do Salvador.
Examinemos cada uma dessas opiniões. .
Não há fundamento para se aceitara opinião de S. Epifânio. A missão de S. José era ser o guarda e nutrício do Verbo Encarnado, fidelíssimo esposo de Maria e seu amparo. Se tivesse morrido quando Jesus contava apenas doze anos, como poderia ter realizado os desígnios de Deus e a sua missão? Que José tivesse vivido durante a vida pública de Jesus, também não encontramos fundamento no Evangelho. Porque não aparece nas Bodas de Caná? Se Jesus lá estava com Maria sua Mãe, porque o Esposo Santíssimo da Virgem não havia de ser convidado?
Os Judeus dirão certa vez de Jesus. “Eis que tua Mãe e teus irmãos te aguardam lá fora”… Porque não se referem a S. José? Este absoluto silêncio dos Evangelistas que tantas vezes se referiram a José na Infância de Jesus, não é significativo? Não prova que teria já morrido o Pai Putativo do Salvador?
O chamarem a Jesus filho do carpinteiro quando Ele pregava e fazia prodígios, só prova o costume dos Judeus de chamarem os filhos citando o nome ou o ofício dos Pais, fossem estes vivos ou mortos.
A opinião atribuída a S. João Crisóstomo de que José vivia no tempo da Paixão, é rejeitada pela maioria dos Autores. E o maior argumento contra ela é o de ter Jesus entregue sua Mãe aos cuidados de João Evangelista no Calvário. Pois se o Esposo Virginal de Maria fosse vivo, não era justo fosse recomendada a Ele a Mãe de Deus?
Exatamente porque Maria havia de ficar no mundo viúva e sem o Filho querido, fora entregue a João o Discípulo amado. Não há dúvida, pois; a mais racional opinião é a da morte de S. José pouco antes da vida pública de Jesus, e depois do Batismo no Jordão.
Estava cumprida a sua missão de Esposo de Maria, velarium sagrado do Mistério da Encarnação, sombra do Pai Eterno, sustentáculo e amparo de Jesus. “Esta é a sentença que subscrevo e sustento”, diz e o prova o mais erudito e profundo Autor e teólogo Josefino, o Cardial Vives y Tuto, em sua obra monumental Summa Josephina.
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ONDE MORREU?
Em Nazaré na casa bendita onde sofreu e trabalhou para sustentar o Verbo feito Carne e a Mãe de Deus, onde durante trinta anos teve sob o seu governo Aquele Senhor que governa os céus e a terra. A maioria dos Escritores e a Tradição nos dizem ter sido o feliz Trânsito de S. José em 19 de março. Alguns escritores dizem ter morrido o santo Patriarca em Jerusalém, onde foi para celebrar a Festa da Páscoa. E concluem da sepultura do santo no vale de Josafat.
Poder-se-ia responder que pela Escritura sabemos de muitos santos personagens, mortos em um lugar e sepultados em outro muito distante. Todavia, são conjecturas inúteis. S. Jerônimo, o Venerável Beda, e Suarez dizem ter sido o corpo de S. José sepultado em um lugar atrás da montanha de Sião e do Jardim das Oliveiras, no mesmo túmulo onde mais tarde seria sepultada a Virgem Santíssima.
COMO SE DEU A MORTE?
Ainda havemos de recorrer a Tradição. Nas Igrejas do Oriente, no 19 de março, nos primeiros séculos, cada ano, diz Isidoro de Isolanis, se costumava ler com toda a solenidade ao povo, uma piedosa narração da morte de S. José, O Bispo dava a benção, assentava-se em meio da assembleia e ordenava ao Leitor fizesse em voz alta a leitura da piedosa narração:
Eis chegado para S. José o momento de deixar esta vida. O Anjo do Senhor lhe apareceu e anunciou ter chegado a hora de abandonar o mundo e ir repousar com seus Pais. Sabendo estar próximo o seu último dia quis visitar pela última vez o Templo de Jerusalém, e lá pediu ao Senhor que o ajudasse na hora derradeira. Voltou a Nazaré, e sentindo-se mal, recolheu-se ao leito. E dentro em breve o seu estado se agravou. Entre Jesus e Maria que o assistiam carinhosamente, expirou suavemente abrasado no Divino Amor. Oh! morte bem-aventurada! Como não havia de ser doce e abrasada no Divino Amor a morte daquele que expirou nos braços de um Deus, e da Mãe de Deus?
Jesus e Maria choravam ao fecharem os olhos de José. E como não havia de chorar Aquele mesmo Jesus que havia de chorar sobre a sepultura de Lázaro? Vede como Ele o amava! disseram os Judeus. José não era tão só um amigo, mas um Pai querido e santíssimo para Jesus!
Gerson acrescenta que Jesus preparou para a sepultura o corpo virginal de seu Pai adotivo, cruzou-lhe as mãos ao peito e o abençoou para que não se corrompesse no sepulcro.
Eis aí o que podemos saber pela Tradição da morte de S. José.
A Igreja canta no Ofício litúrgico de 19 de março, confirmando a Tradição:

“O nimis felix, nimis ó beatus, cujus extremam vigiles ad horam Christus et Virgo simul astiterunt ore sereno!” – Ó mil vezes feliz, e bem-aventurado aquele que na hora extrema teve junto de si Cristo e a Virgem! 


Retirado do Livro: São José – Pe. Ascânio Brandão.
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