terça-feira, 8 de setembro de 2015

Santo Adriano Mártir


8 de setembro


A liturgia da Natividade de Nossa Senhora em Roma compreendia uma procissão que tinha o seu início na igreja de S. Adriano no Fórum. Daí a memória de S. Adriano ligado tradicionalmente à festa de 8 de setembro. Seu natalício é a 4 de março, mas a festa se comemora hoje, data em que seu sagrado corpo foi transladado para Roma.   

Santo Adriano ou Adriano de Nicomédia foi um guarda herculiano do imperador romano Galério Maximiano. Após converter-se ao Cristianismo, juntamente com sua esposa Natália, foi martirizado em Nicomédia, em 4 de março de 306.   

Segundo a tradição, Adriano era um oficial pagão da corte imperial de Nicomédia. Era incumbido de guardar os primeiros cristãos condenados à morte, em número de vinte e três. 
Ao acompanhar o martírio deles, ficou impressionado porque eles cantavam alegremente e lhes perguntou qual a recompensa que esperavam receber do Deus deles, e eles lhe responderam: "nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O amam" (1 Coríntios 2,9). Ele ficou tão impressionado com a coragem deles que confessou publicamente sua Fé, embora ele próprio não fosse ainda batizado. Por isso, foi imediatamente preso e proibido de receber visitas, mas há relatos, como veremos adiante, que dão contas de que sua esposa Natália - com quem era casado a 13 meses e que já era convertida há muito tempo - correu para visitá-lo vestida como um menino para pedir suas orações quando ele entrasse no Céu, beijou suas correntes e o curou das feridas que já lhe haviam feito.
 
Quando soube que estava para ser morto, Adriano pagou ao guarda para que o deixasse ir se despedir da esposa, mas ela quando o viu chegando, pensando que havia renagado a Fé, fechou-lhe a porta na cara. Ele, então, lhe explicou que os outros prisioneiros ficaram reféns até sua volta, e o casal voltou junto para a prisão. Natália cuidou dos ferimentos dos prisioneiros e tomou conta deles por uma semana.

Adriano, então, foi levado diante do Imperador, mas se recusou a sacrificar aos ídolos. Foi açoitado e devolvido à cela. Outras mulheres seguiram o exemplo de Natália, mas o Imperador proibiu sua entrada. Então, Natália cortou seus cabelos, vestiu roupas de homem e entrou na cadeia como sempre. 

Os mártires foram condenados à morte mediante a quebradura dos membros. Natália pediu que seu marido fosse morto em primeiro lugar, para poupá-lo da agonia de ver a morte dos demais. Ela mesma colocou as pernas e os braços nogrilhões, e ficou ajoelhada ao lado enquanto o marido era morto, conseguindo esconder uma das mãos entre suas vestes. Quando os carrascos começaram a queimar seus corpos, uma tempestade formou-se, o fogo na fornalha apagou-se e raios fulminaram vários dos carrascos. Natália teve que ser contida para não atirar-se sobre o fogo quando o corpo de Adriano estava sendo queimado. Formou-se uma tempestade que apagou o fogo, assim os cristãos puderam guardar as relíquias dos mártires. Os raios fulminaram os carrascos. Mais tarde, os cristãos levaram o corpo de Adriano e o sepultaram na periferia de Bizâncio, em Argirópolis.    

Após a morte de Adriano, um oficial imperial começou a importunar Natália com propostas de casamento. Assim, Natália foi viver sozinha, em Argyrópolis levando consigo uma das mãos de Adriano. Logo depois de sua chegada na cidade, ela morreu em paz, em um dia 1º de dezembro, data em que se faz memória dela. Foi considerada mártir por associação, porque seu corpo foi sepultado junto com as relíquias dos mártires. 

O Papa Papa Honório I converteu a Cúria Júlia - um antigo edifício onde eram realizadas assembleias do Senado da Roma Antiga, construído em 44 a.C., por Júlio César  - em uma igreja em honra a Santo Adriano. 

Santo Adriano é protetor contra a peste, e padroeiro dos velhos soldados, comerciantes de armas e açougueiros. Foi um dos principais santos militares do norte da Europa durante muitos séculos, perdendo apenas para São Jorge, e é muito reverenciado em Flandres, Alemanha e no norte da França. É normalmente representado armado, com uma bigorna em suas mãos ou nos pés.   

Algumas relíquias de Santo Adriano foram transladadas junto com as da esposa Natália de Constantinopla para o mosteiro de Grammont, Bélgica, em 1110. 


Tradução e organização: Giulia d'Amore. 

Fonte: 

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