07 de fevereiro dia de Santo Romualdo, Abade.
Ravenna é a cidade, onde nasceu, em 956, descendente de nobre família dos duques de Onesti, Romualdo. Pais sem religião, como foram os de Romualdo, nenhuma educação deram ao filho que, entregue à própria vontade, pode gozar de toda a liberdade, até a idade de 20 anos. Vivendo segundo os princípios do mundo, faltavam-lhe aspirações superiores e os dias corriam-lhe alegres, entre os exercícios de esportes. Oração, audição da palavra de Deus, leitura de bons livros, exercícios espirituais não eram de seu gosto; antes pelo contrário, o aborreciam. Deus, porém, abriu-lhe os olhos, por um fato que muito o impressionou. O pai, Sérgio, em duelo, na presença de Romualdo, matou um dos melhores amigos, cena a que Romualdo teve de assistir.
O resultado foi Romualdo retirar-se para o convento beneditino em Classis, com a intenção de, no sossego do claustro achar a tranqüilidade do espírito. Foi a primeira vez na vida que fez exercícios de piedade. Um dos religiosos, que mais se interessava pela salvação do jovem conde, sugeriu a idéia de abandonar o mundo e tomar o hábito da Ordem. Romualdo, porém, não se mostrou disposto a seguir este conselho. Só depois de uma aparição que teve, de Santo Apolinário, padroeiro do convento, resolveu dedicar-se ao serviço de Deus, na Ordem de São Bento. Tal foi o seu zelo e dedicação, que em pouco tempo chegou a ser um religioso modelo. O rigor e a pontualidade com que observava a regra da Ordem, no meio dos próprios religiosos, provocaram indisposição e animosidade tão fortes contra Romualdo, que este achou indicado, como medida de prudência, sair do convento. Com licença do Superior, procurou o eremita Marinho, em cuja companhia continuou as práticas da vida religiosa.
Este exemplo abriu também a alguns amigos o caminho para a vida monástica. O próprio pai de Romualdo fez-se religioso e entrou num Convento. Se bem que lutasse com muitas dificuldades e mais de uma vez estivesse a ponto de voltar para o século, a palavra e a oração do filho fizeram-no com que perseverasse no serviço de Deus.
Romualdo voltou para o convento de Classis, onde tinha feito o noviciado. Deus permitiu que fosse provado pelas mais fortes tentações contra a virtude da pureza, contra a vida religiosa e contra a fé. Parecia-lhe quase impossível continuar na vocação. O remédio e a salvação em tão duro transe foi a oração. No meio da sua atribuição se dirigiu a Jesus Cristo, e com a alma angustiada, perguntou ao Salvador: “Jesus, por que me abandonastes? Entregaste-me inteiramente ao poder do inimigo?”
Como o Patriarca Jacó, viu ele em sonho uma misteriosa escada, que se apoiava na terra e cuja extremidade tocava no céu. Religiosos de hábito branco subiam e desciam por ela.
A grande obra para a qual Deus tinha chamado seu servo e que este, apesar de muitas dificuldades interiores e exteriores, com ótimo resultado realizou, foi a reforma da disciplina monástica. O convento mais célebre fundado por Romualdo foi o de Camaldoli, em Toscana, que deu à Ordem toda o nome de Ordem dos Camaldulenses.
Extraordinário era em Romualdo o espírito de penitência, sendo-lhe a vida um constante jejum, uma mortificação ininterrupta. “Como me confunde a vida dos Santos! Contemplando-a, queria morrer de vergonha”, ouviu-se o Santo muitas vezes dizer. Já no fim da vida, disse a um religioso de sua confiança: “Vai para vinte anos, que estou me preparando para a morte; quanto mais faço, tanto mais me convenço de que não sou digno de comparecer na presença de Deus”. Romualdo morreu em 1027. O túmulo tornou-se-lhe glorioso, pela multidão de milagres, que Deus obrou pela intercessão do Santo. Quando, cinco anos depois do seu trânsito, abriram o túmulo de Romualdo, o corpo foi encontrado intacto, sem sinal algum de decomposição. O mesmo espetáculo se repetiu 440 anos depois. Romualdo foi canonizado por Clemente VIII, em 1569. Este exemplo abriu também a alguns amigos o caminho para a vida monástica. O próprio pai de Romualdo fez-se religioso e entrou num Convento. Se bem que lutasse com muitas dificuldades e mais de uma vez estivesse a ponto de voltar para o século, a palavra e a oração do filho fizeram-no com que perseverasse no serviço de Deus.
Romualdo voltou para o convento de Classis, onde tinha feito o noviciado. Deus permitiu que fosse provado pelas mais fortes tentações contra a virtude da pureza, contra a vida religiosa e contra a fé. Parecia-lhe quase impossível continuar na vocação. O remédio e a salvação em tão duro transe foi a oração. No meio da sua atribuição se dirigiu a Jesus Cristo, e com a alma angustiada, perguntou ao Salvador: “Jesus, por que me abandonastes? Entregaste-me inteiramente ao poder do inimigo?”
Como o Patriarca Jacó, viu ele em sonho uma misteriosa escada, que se apoiava na terra e cuja extremidade tocava no céu. Religiosos de hábito branco subiam e desciam por ela.
A grande obra para a qual Deus tinha chamado seu servo e que este, apesar de muitas dificuldades interiores e exteriores, com ótimo resultado realizou, foi a reforma da disciplina monástica. O convento mais célebre fundado por Romualdo foi o de Camaldoli, em Toscana, que deu à Ordem toda o nome de Ordem dos Camaldulenses.
Domingo da Quinquagésima.
07/02 Domingo
Festa de Segunda Classe
Paramentos Roxos
Festa de Segunda Classe
Paramentos Roxos
Leitura da Epístola de São Paulo aos
I Coríntios, 13, 1-13
1. Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.2. Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, não sou nada.3. Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria!4. A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante.5. Nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor.6. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade.7. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.8. A caridade jamais acabará. As profecias desaparecerão, o dom das línguas cessará, o dom da ciência findará.9. A nossa ciência é parcial, a nossa profecia é imperfeita.10. Quando chegar o que é perfeito, o imperfeito desaparecerá.11. Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Desde que me tornei homem, eliminei as coisas de criança.12. Hoje vemos como por um espelho, confusamente; mas então veremos face a face. Hoje conheço em parte; mas então conhecerei totalmente, como eu sou conhecido.13. Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade - as três. Porém, a maior delas é a caridade.
Sequência do Santo Evangelho
São Lucas, 18, 31- 43
São Lucas, 18, 31- 43
31. Em seguida, Jesus tomou à parte os Doze e disse-lhes: Eis que subimos a Jerusalém. Tudo o que foi escrito pelos profetas a respeito do Filho do Homem será cumprido.32. Ele será entregue aos pagãos. Hão de escarnecer dele, ultrajá-lo, desprezá-lo;33. Bater-lhe-ão com varas e o farão morrer; e ao terceiro dia ressurgirá.34. Mas eles nada disto compreendiam, e estas palavras eram-lhes um enigma cujo sentido não podia entender.35. Ao aproximar-se Jesus de Jericó, estava um cego sentado à beira do caminho, pedindo esmolas.36. Ouvindo o ruído da multidão que passava, perguntou o que havia.37. Responderam-lhe: É Jesus de Nazaré, que passa.38. Ele então exclamou: Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!39. Os que vinham na frente repreendiam-no rudemente para que se calasse. Mas ele gritava ainda mais forte: Filho de Davi tem piedade de mim!40. Jesus parou e mandou que lhe trouxessem. Chegando ele perto, perguntou-lhe:41. Que queres que te faça? Respondeu ele: Senhor, que eu veja.42. Jesus lhe disse: Vê! Tua fé te salvou.43. E imediatamente ficou vendo e seguia a Jesus, glorificando a Deus. Presenciando isto, todo o povo deu glória a Deus.