sábado, 10 de outubro de 2015

A vida de São José: Resumo Histórico da Devoção de São José

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NOS PRIMEIROS SÉCULOS
Repetem, não poucos escritores piedosos, ter sido o culto de S. José completamente ignorado e desconhecido nos primeiros séculos da era cristã. O estudo da tradição, dos hagiógrafos e até mesmo a Arqueologia, e sobretudo os Comentários do Evangelho daqueles tempos, tudo isso nos vem demonstrar à saciedade quanto era conhecido, louvado, admirado e invocado nos dias primeiros da nossa fé o Pai Putativo de Jesus e Casto Esposo de Maria.
A Liturgia, é verdade, não lhe prestava um culto especial, porque a Igreja naqueles dias de perseguição e de martírio só se preocupava com as glórias e o culto dos Mártires. Não foram poucos os confessores e grandes santos que só alguns séculos mais tarde tiveram culto e se tornaram conhecidos, embora tivessem vivido e feito prodígios na época dos mártires.
Esta é a razão da ausência do culto público especial a S. José, nos primeiros séculos.
Todavia não podemos afirmar como alguns autores, ter sido então S. José completamente desconhecido e esquecido.
O ilustrado Autor Josefino, o Pe. Antônio Diaz, em sua obra magistral: “El Patronato Universal de San José”, nos demonstra com erudição invulgar como já na era das catacumbas, o santo Esposo de Maria fora conhecido e louvado pelos primeiros cristãos.
Um arqueólogo, Perret encontra nas catacumbas três documentos referentes à S. José. O primeiro é uma pintura nas catacumbas de Santa Priscila, representando, Jesus, Maria e José: o segundo, um medalhão do primeiro século provavelmente, no qual, figuram Maria com o Menino Jesus nos baços e S. José a contemplá-la extático.
Finalmente, uma terceira pintura cena do encontro de Jesus no templo e, claramente ali se vê o santo Patriarca ao lado de Maria. No medalhão de um sarcófago do século IV de Cartago, Lucat (2) reconhece uma das figuras, S. José.
No IV e V séculos, em mosaicos, em sarcófagos, em pinturas e relevos se encontram não poucas cenas do Evangelho com a figura de S. José bem destacada.
E dali por diante os documentos já não são tão escassos e há provas bem claras do culto de S. José nos primeiros séculos.
E os escritores sagrados?
S. Justino no século II defende a virgindade de Maria e a de S. José.
Orígenes e Santo Atanásio são campeões na defesa desta prerrogativa Josefina contra os hereges.
S. João Crisóstomo em suas homílias canta as virtudes de S. José, chamando-o, “o varão perfeito, humilíssimo santo, fidelíssimo e adornado de toda santidade”.
S. Ambrósio, S. Jerônimo, Santo Agostinho celebram com eloquência a pureza de S. José.
S. João Damasceno, S. Pascásio Radberto, S. Máximo de Turim e outros até S. Bernardo, tecem panegíricos admiráveis de S. José.
Não foi desconhecido o Pai Putativo de Jesus e Esposo de Maria nos primeiros séculos. A Tradição nos diz que no II século os gregos tributavam culto a S. José cuja festa se celebrava no Calendário Copta em 10 de julho.
No século IV a Imperatriz Santa Helena, mãe de Constantino, mandou construir uma capela a S. José, no lugar do santo Presépio de Belém. Foi o primeiro templo a S. José.
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ATÉ O SÉCULO XV
Antes do esplendor do culto Josefino, através dos séculos S. José foi sempre invocado e teve lugar especial na devoção da cristandade.
Os Menológios e Martirológios das diversas igrejas faziam não raro menção de S. José e da sua festa.
O século V guarda uma grande veneração pelas tradições dos lugares sagrados de Heliópolis no Egito, onde consta ter estado Jesus com Maria e José, na fuga da perseguição de Herodes. O nome de S. José entrou no Martirológio Romano no século VIII. No século IX celebrava-se a Festa do Santo Patriarca no dia seguinte ao Natal, em 26 de dezembro. Depois passou a ser celebrada em 19 de março.
Em Bolonha, segundo atesta Bento XIV, já existia em 1124 uma Igreja consagrada ao culto de S. José.
No século XV algumas almas privilegiadas recebem de Deus a missão especial de propagar e tornar conhecido e amado o santo Patriarca. Tais são o Beato Herman, Santa Margarida de Cortona, Santa Brígida e Santa Gertrudes. Estas foram pelos seus escritos e Revelações admiráveis que receberam do Céu, grandes propagandistas e fervorosos apóstolos do culto de S. José.
No século XV surge o grande apóstolo que dá início à época áurea do culto Josefino — Gerson — o célebre chanceler da Universidade de Paris.
No Concilio de Constança, ante uma assembleia venerável de Bispos, pronuncia ele o célebre discurso sobre as glórias e o poder de S. José. Falou com eloquência dos privilégios do santo Patriarca. Expôs pela primeira vez a opinião da santificação de S. José no seio materno. Pediu fosse declarado o santo como Patrono da Igreja Universal. Manifestou o desejo de que fosse celebrada uma festa em honra dos Desponsório de S. José com Maria. Esse discurso deixou nos Padres do Concilio a mais grata impressão e começa dai o culto mais fervoroso e universal de S. José.
S. Vicente Ferrer, Dominicano, morto em 1419 e sobremaneira os dois filhos de S. Francisco: S. Bernardino de Sena e S. Bernardino de Bustes, concorrem para o esplendor do culto Josefino no século XV. Foram ardentes propagandistas das glórias do santo esposo de Maria.
O século XVI foi o triunfo e esplendor do culto do grande santo. A figura excelsa e única de Santa Teresa de Ávila, só ela concorreu mais para a glorificação de S. José que muitos outros santos e teólogos. Não se pode falar da história do culto de S. José, sem destacar de modo singular a Matriarca do Carmelo, Tucot, tratando da atividade empregada pela santa em difundir o culto do santo assim se exprime:
S. José deve de certo modo a Santa Teresa a glória que hoje tem no mundo.
O mesmo afirma o sábio Pontífice Bento XIV. Desde a sua entrada no Convento d’Ávila, Santa Teresa leva consigo a imagem de S. José e quer que todos o honrem. Escreve e propaga com ardor o culto Josefino. Em sua autobiografia a santa manifesta ardente amor ao Esposo de Maria. Aponta-o como Mestre da vida interior e advogado poderoso em todas as necessidades. Nunca recorri a S. José, diz ela, que não fosse atendida. Deu o nome de S. José ao primeiro convento da Reforma Carmelitana. Queria o nome de S. José em todos osMosteiros fundados por ela.

É maravilhoso, escreve a santa Matriarca, é extraordinário o que acontece comigo: todas as graças de que Deus me cumula tanto para a alma como para o corpo, os perigos de que me tem livrado, tudo devo ao ter invocado a proteção de S. José, aos Méritos do meu amado Patrono.

Treze fundações tiveram o nome de S. José. E após a morte da santa, por ocasião da sua Beatificação, em 1614, mudaram o nome de S. José pelo de Santa Teresa, em todos os mosteiros em homenagem à nova Beata. A santa apareceu à Venerável Madre Isabel de S. Domingos e lhe disse com tristeza:
Diga ao Padre Provincial que tire meu nome dos mosteiros e lhes restitua o nome de S. José que possuíam antes
.
Não há dúvida, o exemplo, os escritos, e o zelo de Santa Teresa marcaram uma nova era, um novo período na propagação e esplendor do culto de S. José. É bem verdade o que diz Tucot:“S. José deve o esplendor atual do seu culto à grande Santa Teresa.”
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ATÉ O SÉCULO XX
Agora o culto do santo Patriarca vai de triunfo em triunfo, em cada século. Sobremaneira do século de Santa Teresa aos nossos dias.
No século XVII Papas e reis, Bispados e nações escolhem S. José como Patrono. Surgem congregações religiosas sob a proteção e invocação do Santo.
S. Vicente de Paulo e S. Francisco de Sales propagam o culto de S. José. O Papa Gregório XV declara obrigatória em toda a Igreja a festa do santo. Clemente XI, em 1714, compõe, um ofício especial de S. José. Bento XIII em 1725, inclui o nome de S. José nas Ladainhas de Todos os Santos. Surge nesta época a prática do Mês de S. José na Itália, e depois se propaga em todo o mundo. Santo Afonso de Ligório pode escrever em pleno século XVIII:
Graças a Deus, não há hoje cristão no mundo que não tenha devoção a S. José.
E quanto não concorreu o grande Doutor para propagar esta devoção!
O século XIX foi o do triunfo do culto Josefino. Já em 1809 é pedida a Pio VII a proclamação do Patrocínio de S. José sobre a Igreja. Gregório XVI introduz essa festa em algumas dioceses. Pio IX, em 1847, a estende a toda a Igreja, e proclama o Patronato Universal de S. José sobre toda a Igreja Católica, em 1870. Leão XIII sobe ao trono de Pedro com não menor devoção a S. José que os seus predecessores. Aprova o escapulário de S. José. Eleva a festa do Santo a Rito de Primeira Classe. Em 15 de agosto de 1889 publica a célebre Encíclica: Quamquam pluries. Acrescenta às ladainhas da Virgem no mês de outubro a oração de S. José.
Finalmente, no século XX, S. Pio X e Bento XV, declaram Dia Santo de guarda a Festa de S. José e dão inúmeras provas de ardente devoção ao Santo. Aprovam e abençoam e se inscrevem na Pia União do Trânsito de S.
José, pelos agonizantes, enriquecem de indulgências muitas práticas de devoção Josefina. Não faltaram provas de amor a S. José no imortal Pontífice Pio XI. E o Soberano Pontífice tem confirmado e incentivado o culto Josefino como o fizeram seus predecessores.
Hoje o culto de S. José, graças a Deus, está no seu esplendor e tende a crescer cada vez mais.

FONTE: CATÓLICOS RESISTENTES

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